A semana passada estivemos por aquele verde afora, em caminhadas e descobertas imensas! Eu, Carla, de mapas e caderno de apontamentos na mão, o Nuno de máquina fotográfica em punho sempre pronto a disparar!
A nossa jornada começou bem no centro da vila, e lá fomos seguindo as indicações que trazíamos e aquilo que queríamos explorar.
O meu avô é de Evoramonte, e apesar de lá ter ido várias vezes, não esperava conhecer tanta coisa nova, que só estas caminhadas a pé nos podem proporcionar. Os campos verdes faziam gosto ao olho, e o alecrim florido brotava de todos os cantos.
Ao longo de todo o caminho cruzámo-nos com sobreiros e oliveiras seculares, por entre as quais os rebanhos de ovelhas iam pastando. São autênticas esculturas e obras de arte da Natureza!
Ficámos também espantados com a quantidade de poços de água que fomos encontrando, ali plantados no meio do nada, longe agora de tudo, mas que antigamente eram de grande mais valia. Todas estas paisagens agora desabitadas, eram o dia-a-dia da população que antigamente trabalhava no campo, e enchia de colorido e alegria estes espaços.
Evoramonte é povoado de pequenas ermidas. Foi próximo de uma delas que encontrámos a Da. Loca, que conversa puxa conversa, conhecia o meu avô e resto da família (toda a gente se conhece por aqui). Convidou-nos a conhecer a Ermida de Sta. Rita da qual era a responsável pela chave. A fé da população ainda se faz sentir neste espaço, com a quantidade de fotos e oferendas afixadas nas paredes, como forma de pedir protecção ou agradecer um milagre.
Mais à frente uma outra ermida já não teve tanta sorte, e estava a servir de parque de estacionamento ao carro do vizinho….
As casas brancas alentejanas são como salpicos de tinta numa tela pintada de verde. Os montes alentejanos mais afastados da vila, alguns estão agora abandonados, outros foram reconstruídos e são autênticos paraísos no meio da tranquilidade.
De todos os lados conseguimos avistar o Castelo, e é interessante ver estas diferentes perspectivas à medida que vamos rodeando o “monte” onde esta vila começou. Ao entrar nas muralhas respiramos o tempo de antigamente, e conseguimos agora avistar a “vila nova” e todos os caminhos por onde passámos…
Deixamos-vos algumas fotos para se deliciarem, e venham descobrir o resto em Abril!
